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Qual é o melhor horário para suplementar creatina?

Qual é o melhor horário para suplementar creatina?

A suplementação de creatina tem sido amplamente estudada, e uma das maiores dúvidas em relação a este suplemento é sobre o melhor horário de utilização. Estudos sugerem que o consumo pós-exercício pode proporcionar os maiores benefícios, embora ainda não haja um consenso definitivo. Neste artigo, você irá descobrir tudo que você precisa saber sobre o melhor horário para suplementar creatina e potencializar os seus resultados.

A suplementação de creatina após o treino é melhor?

Estudos demonstram que a suplementação de creatina após os exercícios físicos pode resultar em maiores estoques musculares da substância em comparação com a suplementação antes do treino. Este aumento pode estar relacionado ao fato de que, após o treino, os músculos estão mais “sensíveis” à absorção de nutrientes. A ingestão de creatina pós-exercício pode contribuir com a recuperação muscular, favorecendo um melhor desempenho nos treinos subsequentes. Este efeito pode ser interessante para atletas que realizam treinos de alta intensidade com pouca margem para recuperação entre as sessões.

Embora a suplementação de creatina após o treino pareça apresentar vantagens, alguns estudos sugerem que o consumo antes do exercício também pode trazer benefícios, principalmente para um aumento imediato no desempenho. Assim, a escolha do horário ideal pode variar de acordo com os objetivos individuais e as características físicas de cada pessoa. Mais pesquisas ainda são necessárias para determinar a estratégia mais eficaz para diferentes populações e contextos.

Independentemente do horário de suplementação da creatina, é fundamental que seja suplementada todos os dias para manter os estoques musculares elevados e garantir seus benefícios em longo prazo. Diferentemente de outros suplementos que possuem efeito imediato, como a cafeína, a creatina funciona por saturação, ou seja, seu impacto no desempenho e na recuperação muscular ocorre conforme os níveis da substância se mantêm adequados no organismo.

Além disso, a regularidade da suplementação é essencial para otimizar a ressíntese de ATP e a retenção de água intracelular, fatores que contribuem para o aumento da força, da resistência e cognição. Estudos indicam que, após a interrupção do uso, os níveis de creatina no músculo começam a diminuir progressivamente, podendo comprometer os ganhos obtidos com a suplementação.

O efeito da creatina é percebido de forma igual em todas as pessoas?

Os efeitos percebidos da creatina podem ser diferentes para algumas pessoas, considerando que este suplemento age por saturação muscular, ou seja, o aumento de força é percebido quando os músculos estão cheios de creatina. As pessoas que seguem uma dieta vegana ou vegetariana tendem a apresentar baixos estoques naturais de creatina, e para esses grupos, os efeitos da suplementação de creatina podem ser mais rápidos, promovendo melhorias no desempenho físico quanto cognitivo.

Além disso, fatores como idade, nível de treinamento e genética podem influenciar a resposta individual à creatina. Pessoas mais jovens e atletas de alta performance, por exemplo, podem perceber um aumento mais expressivo na força e na resistência devido à alta demanda energética dos músculos. Os idosos podem se beneficiar da suplementação não apenas para o desempenho físico, mas também para a preservação da massa muscular e da função cognitiva, uma vez que a creatina pode proteger contra o declínio cognitivo. 

Portanto, para otimizar os efeitos da creatina no corpo, recomenda-se a suplementação diária, aliada a uma dieta equilibrada e ao treinamento regular, independente de ser pela manhã, à noite, no pré ou pós-treino, garantindo uma absorção eficiente da substância e seus efeitos no desempenho físico e mental. Já suplementou a sua creatina hoje? Que tal experimentar o suplemento em formato de bala de goma? Clique na imagem abaixo e saiba mais.

Artigo escrito por:

Andry Pedroso | CRN10 8062

Nutricionista e Consultora Técnica Desinchá e Super Nutrition

Referências Bibliográficas

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