A melatonina é um hormônio produzido naturalmente no organismo, especialmente pela glândula pineal no cérebro em resposta à escuridão. Este hormônio desempenha funções importantes no organismo, auxiliando na regulação do ciclo sono-vigília, imunomodulação, metabolismo energético e saúde cardiovascular. A melatonina também atua como um antioxidante e tem sido associada a propriedades antiinflamatórias e neuroprotetoras.
A suplementação com melatonina pode ser indicada para melhorar a qualidade do sono, prevenir os efeitos do jet lag, aliviar a insônia ocasional e prevenir sintomas relacionados a um sono insuficiente ou de má qualidade, como indisposição durante o dia, fadiga, estresse e dores musculares.
A ingestão do suplemento de melatonina é considerada segura em doses controladas. A dose recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é de 0,21 miligramas por dia para adultos, apresentando baixo risco de causar efeitos colaterais. Os possíveis efeitos adversos com o consumo excessivo de melatonina são dores de cabeça, tontura, irritabilidade e sonolência durante o dia.
A combinação de melatonina com álcool é contraindicada devido ao risco de exacerbar os efeitos sedativos de ambas as substâncias, possivelmente causando sonolência e comprometimento da função cognitiva. Ao utilizar qualquer suplemento, é importante monitorar os possíveis efeitos adversos e potenciais interações medicamentosas, especialmente em populações mais vulneráveis como crianças e adolescentes.
A ingestão de álcool antes de dormir é comum entre pessoas com dificuldade em adormecer, porém, este hábito pode piorar a qualidade do sono e criar um ciclo vicioso de problemas de saúde, aumentando o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares devido à privação do sono. Devido a sua influência na eficácia de determinados suplementos e medicamentos, não é recomendado suplementar melatonina junto a bebidas alcoólicas.
O suplemento de melatonina pode ser contraindicado para pessoas com idade inferior a 18 anos, gestantes e lactantes, transtornos psíquicos, doenças hepáticas, cardiovasculares, renais ou doenças autoimunes. A suplementação deve ser acompanhada por profissionais da saúde que irão avaliar a necessidade de suplementação, dose e possíveis efeitos adversos.
Além do álcool, estudos relatam possíveis interações da melatonina com medicamentos utilizados no tratamento de depressão, desordem obsessiva compulsiva, esquizofrenia, distúrbios gastrointestinais infecções bacterianas, epilepsia, hipertensão, processos inflamatórios, anti contraceptivos e drogas sedativas.
O álcool pode apresentar interação medicamentosa com diversos suplementos e medicamentos, por este motivo, a mistura de álcool com melatonina é contraindicada. O álcool pode aumentar os efeitos adversos de determinadas substâncias, como medicamentos sedativos, antidepressivos, analgésicos e outros.
A ingestão de álcool pode prejudicar a qualidade do sono, especialmente na fase REM, assim como a produção natural de melatonina. Contudo, a suplementação de melatonina com álcool é contraindicada, devido aos riscos de efeitos adversos como sonolência excessiva e confusão mental, contudo, mais pesquisas devem ser realizadas para comprovar esses efeitos em humanos.
Os profissionais da saúde costumam não recomendar a mistura de álcool e melatonina devido a possíveis interações que podem exacerbar os danos ao fígado, desequilibrar os ritmos circadianos e levar a resultados ainda incertos em pesquisas, enfatizando a necessidade de ter cautela com a associação de substâncias e sempre buscar o auxílio de profissionais da saúde para seguir as orientações mais indicadas e seguras.
Texto escrito por:
Andryely Pedroso | CRN10 8062
Nutricionista, Consultora Técnica Super Nutrition e Palestrante de Alta Performance
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