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Melatonina: Tudo que você precisa saber sobre o hormônio do sono

Melatonina: Tudo que você precisa saber sobre o hormônio do sono

No Brasil, 65% dos brasileiros não dormem bem, de acordo com pesquisa do Ibope (2020). O sono insuficiente ou de má qualidade pode trazer inúmeras complicações de saúde, como maior risco de desenvolver doenças como obesidade e diabetes. Para melhorar a qualidade do sono, o suplemento de melatonina. Mas afinal, o que é melatonina, para que serve e como consumir? Neste artigo, você irá descobrir tudo que precisa saber sobre a melatonina e seus efeitos na saúde.

O que é melatonina?

A melatonina, conhecida como “hormônio da escuridão” ou “hormônio do sono”, é produzida pelo organismo durante a noite, desempenhando diversas funções fisiológicas, sendo a principal a regulação do ritmo circadiano, melhorando a qualidade do sono. Este hormônio também atua como antioxidante, anti-inflamatório e regulador do sistema imunológico.

O suplemento de melatonina funciona?

A melatonina é amplamente utilizada como suplemento alimentar com propriedades que melhoram a qualidade do sono e previne os distúrbios do sono. A suplementação de melatonina pode ser indicada para melhorar a qualidade do sono, prevenir os efeitos do jet lag, aliviar a insônia ocasional e prevenir sintomas relacionados à insônia como indisposição durante o dia, fadiga, estresse e dores musculares.

As pesquisas que avaliaram a suplementação de melatonina, demonstram que o suplemento reduz o tempo de latência do início do sono, principalmente em adultos com transtornos primários do sono. A duração da melatonina no organismo após ser ingerida pode variar de acordo com a dose administrada. Doses inferiores a 2 mg geralmente começam a fazer efeito em cerca de 30 minutos, portanto, o ideal é suplementar a melatonina aproximadamente 30 minutos antes de dormir.

Quais alimentos contêm melatonina?

A produção de melatonina ocorre a partir do aminoácido triptofano, passando por várias etapas enzimáticas até sua formação. Desta forma, o consumo de alimentos ricos em triptofano na dieta é fundamental para a adequada produção natural de melatonina no organismo, como carne, peixe, leite e derivados, grão de bico, nozes, amêndoas, aveia, banana e ovos.

A melatonina também pode ser consumida em alimentos vegetais, considerada “fitomelatonina”. Alguns alimentos ricos em fitomelatonina são: morangos, cerejas, uvas, banana, abacaxi, laranja, papaia, manga, tomates, azeitonas, cereais, vinhos, carnes (frango, carneiro, porco), leite de vaca e outros.

Melatonina pode trazer riscos à saúde?

O consumo excessivo de melatonina pode levar a efeitos colaterais como dores de cabeça, tontura, irritabilidade e sonolência diurna. No entanto, a dose recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é de 0,21 miligramas por dia, considerada segura para adultos com mais de 19 anos, com baixo risco de efeitos colaterais. 

Pesquisas indicam que doses de até 10 mg/dia de melatonina não representam riscos à saúde. Porém, a suplementação não é recomendada para menores de 18 anos, gestantes, lactantes e indivíduos com transtornos psiquiátricos, doenças hepáticas, cardiovasculares, renais ou autoimunes, sendo aconselhável acompanhamento médico nesses casos.

Artigo escrito por:

Andryely Pedroso | CRN10 8062

Nutricionista, Embaixadora Super Nutrition e Palestrante de Alta Performance 

Referências Bibliográficas

  1. Alicja, Baranowska., K., Matyka., Aleksandra, Matyszewska., Anna, Słowiaczek., Jakub, Sutkowski., Ewelina, Wilczewska., Marcin, Wojnar. Melatonin – the New Multipotential Drug of the Future?. Journal of Education, Health and Sport, (2023). doi: 10.12775/jehs.2023.13.04.040
  2. Use of Melatonin as a Feed Additive.  (2022). doi: 10.5772/intechopen.105999
  3. Melatonin – Recent Updates [Working Title].  (2022). doi: 10.5772/intechopen.100989
  4. Silva, Ana et al. Evidências sobre o uso terapêutico de melatonina em adultos para a melhora da qualidade do sono: Revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 13, n. 3, e4313345258, 2024 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45258

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